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faixa Deus é amor

É chegada a hora de se encerrar a crueldade na Terra, tempo de todos os filhos de Deus unirem-se
num mesmo afeto,
num mesmo caminho e de mãos maiores auxiliarem pequenas mãos, pequenas patas, pequenos pés.

São tempos de esquecermos o corpo e vermos o espírito, esquecermos as diferenças evolutivas e vivenciarmos o amor, pois é esta a vontade de Deus, uma vez que Deus é o amor puro,
em todas as suas formas ♥

 

Estrutura da Coroa Mediúnica

A maioria das pessoas que chegam à Umbanda logo querem saber quem é o seu Orixá de cabeça. Isso é muito comum, muitos acham que essa resposta vai resolver os problemas da sua vida. Só que se a gente parar para pensar nas outras pessoas que seguem outras religiões, elas não creem na Umbanda e, por isso, não creem, por desconhecimento, nos Orixás – mas os Orixás estão presentes na vida de todos, sejam ou não Umbandistas, eles nos protegem, nos ajudam na nossa caminhada.

Então, o mais importante não é saber quem é o seu pai/mãe de cabeça, mas sim, amar aos outros como a si mesmo, sem preconceitos, sem prepotência, sem julgamentos – quando fazemos isso, estamos demonstrando que temos amor e respeito pelos nossos Orixás, e pelos Orixás de cabeça, mesmo que os desconheçamos ainda. Ninguém está nesse mundo à passeio, estamos aqui para aprender a sermos mais tolerantes e pacientes com outros – isto é o ensinamento principal dessa vida e é muito triste quando, no curso de nossa caminhada, pela nossa intolerância ou falsidade, causamos a separação de pessoas amigas, pois magoar um coração que outrora nos fora estendido nos causará muitos danos e atraso à nossa própria evolução.

Quando falamos em estrutura da coroa mediúnica,
primeiro temos que discorrer sobre a glândula pineal.

estrutura1

A glândula pineal, em muitas filosofias e religiões, tem sido considerada o centro de nosso relacionamento com as outras dimensões. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal (ou epífise) é tida como a sede da alma. Os gnósticos dizem que na glândula pineal está o átomo do Espírito Santo. Os Orientais afirmam que na glândula pineal se acha o lótus de mil pétalas. Para os praticantes da ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirmou que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”.

A glândula pineal está localizada no meio do cérebro, na altura dos olhos, é uma estrutura cinza-avermelhada do tamanho aproximado de uma ervilha (8 mm em humanos), tem a forma de um grão e é considerada o centro orgânico da mediunidade.

No entorno da glândula pineal há cristais de apatitas – e todo médium já vem com o seu períspirito preparado para que, ao vibrar esses cristais, eles produzam ondas eletromagnéticas que permitam a comunicação com a espiritualidade, através do exercício da mediunidade. Em “Missionários da Luz”, André Luiz observa que no médium, em serviço mediúnico, essa glândula transforma-se em “núcleo radiante”, e em derredor, seus raios formam um “lótus de pétalas sublimes”.

Assim, quando temos a missão de sermos médiuns, nós carregamos certa estrutura psíquica e espiritual diferenciada e preparada para o contato com o mundo astral. Além desta particularidade no tocante aos cristais de apatita, ainda contamos com uma carga maior de fluído nervoso (ectoplasma) para facilitar as manifestações. Isso não nos transforma em pessoas melhores, apenas mais adaptadas para o trabalho que será realizado: mas note-se que isso é como uma ferramenta, o seu bom uso dependerá do usuário e não da ferramenta.

A cabeça (física) é a contraparte do Ori – o Ori é extrafísico, não está no mundo material/físico, está no perispírito. Exatamente onde se encontra a glândula pineal é onde está realmente situado o nosso Ori (na contraparte etéreo-astral da glândula pineal), entendendo-se que Ori é um campo de força que nos acompanha nas reencarnações. No núcleo do Ori há o Ipori.

No início da nossa criação, quando ainda éramos apenas uma centelha do Criador (uma mônada), fomos atraídos por um Orixá que ficou responsável por moldar a forma do nosso períspirito, magnetizando-nos com as suas virtudes. Assim, a conexão de cada indivíduo com este Orixá que o magnetizou em sua Origem é eterna, irá perdurar por todas as encarnações que a pessoa tiver – esse Orixá é como se fosse o nosso Pai/Mãe que nos gerou espiritualmente.

Esse é o que denominamos de Orixá Ancestral (ou Ancestre) e ele vibra em nosso Ipori (que fica no centro do Ori). O Ipori é eterno e imortal, outros corpos podem se deformar, como o perispírito pode se deformar em processo de ovoidização, mas o Ipori é indestrutível, nos acompanhará sempre. A partir do momento em que vamos realmente vivenciando as virtudes desse Orixá, vamos nos aproximando Dele até que consigamos evoluir suficientemente para não mais reencarnamos.

Na verdade, há dois Orixás Ancestrais – há uma quadratura: pai e mãe ancestral / pai e mãe de cabeça.  Quando se fala em Orixá Ancestral, estamos falando do Orixá Ancestral dominante que vibra no centro da coroa (e o Orixá Ancestral recessivo vibra no chacra básico).

Quando o nosso espírito aceita reencarnar na Terra, dois Orixás são designados para plasmar a forma como ele se apresentará na presente encarnação, sempre de acordo com as virtudes/qualidades que terá que aprender, em consonância ao seu plano e missão de vida. Esses Orixás que acompanharão a pessoa durante toda a encarnação dela na Terra são o Orixá de frente e o Adjunto (ou juntó/ajuntó) – pai/mãe de cabeça. Esses Orixás vão ficar o tempo todo vibrando as suas qualidades em nós para que possamos desenvolver essas qualidades. Ex. Se uma pessoa tem que vir à Terra para se aprofundar nos mistérios do amor incondicional (desapegando-se de ciúmes/egoísmo), Oxum será o seu Orixá de cabeça e assim por diante.

O Orixá de frente vai apontando o caminho correto para que a pessoa consiga cumprir a sua missão na Terra. O Adjunto é como um Orixá auxiliar que vai zelar pelo equilíbrio da pessoa. Ex.: o Orixá de frente fala: filho, segue esse caminho - a pessoa vai... vai...e passa do lugar, aí vem o adjunto e fala: filho, volta que você passou do caminho.

Não pode acontecer da pessoa ser filho de dois Orixás do mesmo sexo, pois não forma o par. Se um sacerdote desinformado disser que a pessoa é filho de Ogum e Xangô, isso estará errado. O que pode acontecer, nesses casos, é a pessoa ser filha de Ogum e o seu Ogum pessoal estar na vibração de Xangô – a atribuição principal é do Orixá de frente e do campo de atuação que esse Orixá de frente está trabalhando na vida da pessoa.

Esclareça-se que o jogo de búzios não é parte do fundamento da Umbanda para o levantamento do eledá (Orixá de frente+Adjunto), ou seja, a Umbanda não se vale deste tipo de jogo divinatório para qualquer que seja o motivo. Na Umbanda, essa afirmação se dá através do determinismo do Chefe de Terreiro manifestado no sacerdote da Umbanda (que, muitas vezes, fica confirmado pelo autoconhecimento do médium).

Portanto, temos que entender que o nosso Orixá Ancestral será o mesmo em todas as nossas reencarnações, pois foi ele quem nos fatorou enquanto ainda éramos uma centelha, uma mônada e, assim, nos presenteou com a sua essência, acompanhando-nos em todas as nossas reencarnações.

 

A nossa coroa mediúnica é formada pelo nosso Eledá (Orixá de frente+Adjunto), pelos Guias e Falangeiros e pelo nosso Exu Guardião, que é o grande comunicador, o mediador entre o mundo espiritual e o nosso planeta.

Os Guias/Falangeiros e o Exu Guardião da pessoa já assumem esse compromisso antes do médium reencarnar, sendo que se apresentam a ele durante a vivência no Terreiro (não se aprende sobre os nossos Guias e Falangeiros através dos búzios, mas somente durante a vivência no Terreiro). Eles já são preparados antes da pessoa encarnar, já nos são predeterminados antes do nosso nascimento, pois toda a estrutura da nossa coroa mediúnica já vem predeterminada pela espiritualidade.

Nem sempre o Guia de frente ou o Exu guardião se mostram, pois podem preferir deixar isto para o Guia e o Exu de trabalho.

Diante das explicações acima, há duas afirmações que precisam ficar bem claras a todos os estudiosos da Umbanda: não existe briga de Guias Espirituais, nem briga de Orixás pela Coroa do médium, pois ambos já nos vem predeterminados antes do nosso nascimento. Além do mais, o plano da espiritualidade é de ordem e respeito, não há guerra ou qualquer tipo de baixa vibração. Brigas, guerras e sentimentos mesquinhos são próprios dos humanos, pois ainda estamos nos primeiros degraus da evolução moral e espiritual.

Quando alguém diz que há Guias Espirituais brigando, na verdade, o que deve estar acontecendo é o médium estar com as suas energias descompensadas, dando margem para que um egum interfira na sua mediunidade, o que lhe é extremamente perigoso.

Em relação aos Orixás, é preciso entender que todos os Orixás vibram em nosso chacras, todos atuam em nossa vida para nos ajudar. O que pode acontecer, e é comum em alguns períodos de nossa vida, é a pessoa estar precisando muito interiorizar uma qualidade que não é de seu pai/mãe de cabeça – então, outro Orixá aparece à sua frente temporariamente - Ex. eu preciso estudar mais, então Oxóssi assume a minha frente para me ajudar (por isso não podemos ficar presos apenas aos pai/mãe espiritual, temos que fazer as nossas obrigações a todos os Orixás, pois todos vibram por nós). Portanto, jamais haverá briga de Orixás, todos são evoluídos, todos nos desejam o bem e nos ajudam.

Outro ponto que requer atenção é o fato de que da mesma forma como, ao encarnarmos, nos são designados os nossos Guias Espirituais, também foi assim em relação aos nossos antepassados. Dessa forma, um filho, uma mãe, uma avó – cada um tem os seus próprios Guias Espirituais que lhes são predeterminados antes da sua encarnação na Terra. Em vista disso, não existe o que alguns mencionam como herança familiar espiritual. Ninguém assume entidades de seus antepassados, nem em casos de um familiar ancestral nosso não ter desenvolvido a mediunidade, pois não existe débito espiritual que passe para gerações. Ex.: minha mãe era médium, mas não seguiu a missão direito e hoje eu carrego os Guias dela – isso não existe, cada pessoa tem os seus próprios Orixás e Falangeiros que a acompanham durante a encarnação: eles se ligam a nós desde o nosso nascimento, o compromisso de cada pessoa é somente com os seus Orixás e Falangeiros.

Pois bem. Tendo sido explicado as noções básicas sobre a estrutura da nossa coroa mediúnica, ainda é bom salientar que a Umbanda determina que cada pessoa preserve o seu Ori, pois é onde toda a nossa energia é liberada e também onde recebemos as energias sutis dos Orixás. Assim é a entrada do Axé, do campo de força dos Orixás e, por isso, não devemos permitir que alguém o toque. Somente a/o sacerdote de umbanda do médium (a sua mãe ou pai de santo) é que pode tocar em sua cabeça (porque a eles os seus Orixás permitem), outras pessoas não podem, mesmo que sejam pais de santo ou médiuns. Contudo, se em caso de necessidade extrema para ajudar alguém for preciso tocar na cabeça, antes deve-se pedir licença ao Orixá da pessoa.

Esse preceito é imposto devido ao fato de que todos nós emanamos energias por nossas mãos ou através de objetos que empunhamos. E cada um possui as suas intenções íntimas que não revela aos outros e, dependendo do estado de espírito da pessoa, se ela ficar tocando a nossa cabeça (Ori/topo) há o grande risco de causar choque de energias, o que nos desestabilizaria emocional, espiritual e até fisicamente.

O nosso grande mestre Rubens Saraceni já preconizava: “Os meus Guias, quando veem que o mental ou a cabeça de uma pessoa precisa ser descarregada das energias negativas que acumulara nos seus campos vibratórios, seja ela médium da casa ou um consulente, eles antes pedem licença ao seu Orixá para tocar na cabeça dela e, aí sim eles começam a trabalhar em seu benefício, porque foram autorizados pelo Orixá que a rege e que está sempre atento aos que tocam sem permissão na cabeça dos seus filhos.  É na cabeça, no Ori, que está a sede do poder e da vida da pessoa.”

No Candomblé, há o ritual do bori – “oferenda à cabeça” – é um ritual de iniciação à religião para que o Orixá possa se manifestar. A Umbanda não necessita do bori, pois nós entendemos que o processo da mediunidade já nos é determinado antes da nossa encarnação e, assim, o nosso períspirito e o nosso Ori já vem devidamente preparado para que este contato ocorra, não havendo necessidade de se fazer uma iniciação para tal intuito. Contudo, é comum na Umbanda haver o amaci, que pode ser individual ou coletivo. O amaci é um banho do sumo de ervas preparado pela sacerdote de Umbanda, no qual lava a coroa do médium. Esse banho tem a finalidade de limpar o campo áurico do médium, bem como para confirmar as Entidades trabalhadoras da sua coroa. Também há os rituais de batismo e de limpeza áurea no mar e na cachoeira, ponto sagrado de forças dos Orixás, além de rituais próprios, como a lavagem da cabeça pelo Senhor Ogum, geralmente realizada um vez ao ano.

Outro tema que também traz um ranço preconceituoso é a questão de muitos ainda crerem que, quando um médium deixa um centro e passa a integrar o núcleo mediúnico de outro centro, é preciso que a nova mãe de santo “tire a mão do antigo pai de santo (do outro centro) da sua coroa”. Isso é apenas um tabu, pois absolutamente ninguém é capaz de penetrar e saturar a coroa de outra pessoa, a coroa mediúnica de cada pessoa já é determinada antes da sua encarnação, não sofrendo qualquer intervenção ou alteração.

Contudo, a pessoa que pretende desenvolver a sua mediunidade com profundidade necessita ter uma vida com certo recato, manter sua reputação ilibada (claro que sempre haverá fofoqueiros que nos tentam tirar a paz, mas o importante é que a pessoa tenha a sua consciência limpa) e obedecer ao regramento e à hierarquia da casa religiosa que frequenta.

Nem todas as pessoas que ingressam em um corpo mediúnico permanecem nele até a sua morte. Muitas vezes, guiado por motivos pessoais, os médiuns saem de um centro e ingressam em outro. Até aí, não há problemas. Contudo, o erro está na postura da maioria dos médiuns que, além de não darem uma satisfação ao sacerdote de Umbanda que outrora o acolheu em seu centro, ainda costumam propagar maldades acerca do antigo pai de santo e do outro corpo mediúnico.

A espiritualidade é clara em seguir padrões de respeito, de regramentos que tragam o bem, a paz. Quem age querendo difamar ou caluniar alguém, não consegue manter o seu corpo espiritual devidamente equilibrado para criar uma boa conexão com os seus Falangeiros. Por isso, faz-se mister que todo médium entenda que não é normal simplesmente abandonar o Terreiro que frequentava sem dar satisfações e também não é bonita a postura de um médium que denigre o seu antigo Terreiro.

Aos que entendem dos fundamentos da Umbanda, essa atitude de baixo padrão moral deixa claro que aquele médium está muito debilitado em seu padrão moral, o que lhe acarretará consequências em sua vida, pois estará vibrando desequilibradamente, o que dará ensejo a que espíritos de baixo padrão vibratório se aproximem dele, debilitando a sua energia.

Entretanto, de outro lado, o fato do médium ter saído do centro significa simplesmente que o vínculo mantido com o aquela Casa religiosa acabou, ou seja, terminou a responsabilidade do pai de santo zelar e cuidar da sua mediunidade (e por isso os sacerdotes também são chamados de zeladores de santo, pois estão na Umbanda para doarem o seu tempo aos médiuns para zelarem e os ajudarem em sua mediunidade), mas o antigo pai de santo não exerce nenhum tipo de poder sobre a coroa daquele médium.

Havemos de entender que o Candomblé, apesar de se fundamentar também na existência de Orixás, é uma outra religião e, por isso, possui fundamentos e regramentos próprios. No Candomblé, há uma crença diferenciada em relação à pessoa que iniciou a sua mediunidade, com o que ocorre na Umbanda. Para nós, uma vez rompido o ciclo com a antiga casa religiosa, outro ciclo se abre, cabendo ao médium buscar um local em que se sentir mais afinado. O que pode haver é um respeito, um carinho do médium por aquele que lhe abriu as portas de seu centro e de que o ajudou a sustentar a sua mediunidade – porém, isso é uma escolha pessoal de cada pessoa, de acordo com o nível de bondade que cada médium possui. Por isso, não há necessidade de se fazer nenhum tipo de ritual para retirar qualquer ‘mão’ ou ‘poder’ do antigo sacerdote.

 Cabe a cada pessoa sempre ter em mente o desejo de se aprimorar em sua religiosidade e, também, em sua vida como um todo. Por isso, manter o respeito por todos, e com os sentimentos de todos, é primordial. A partir do instante que o médium, de modo respeitoso, conversa com o sacerdote e lhe diz que está se retirando daquela casa e lhe agradece por ter lhe sustentado espiritualmente durante o tempo em que lá exerceu a sua mediunidade, o seu ciclo ali termina, tanto mediúnico, como pessoal/emocional.

O que ocorre, todavia, é que por vezes, o médium sai da casa sem avisar e, por vergonha ou qualquer outra razão, ainda passa a falar mal do antigo centro. Ora, em seu íntimo, esse médium sabe que a sua atitude não condiz com a postura de um umbandista de valor e, então, a sua consciência lhe pesa, numa tentativa de fazê-lo abandonar essa atitude baixa. E, alguns, passam a se sentir sem forças, confusos e creditam esses sentimentos ao suposto "poder" que o seu antigo pai de santo tem sobre a sua coroa, o que demonstra uma enorme falta de humildade em reconhecer o sentimento de culpa que lhe pesa na consciência, além de ser uma tremenda falta de conhecimento acerca da nossa religião sagrada.

Portanto, cada pessoa tem a sua coroa mediúnica, que lhe é determinada na espiritualidade antes da sua encarnação. Conforme o eledá (Orixá de Frente e Adjunto), a pessoa poderá apresentar certas características físicas e/ou emocionais e/ou psíquicas. Em um capítulo em separado, iremos discorrer sobre a natureza de cada Orixá, como também dos aspectos que transmite aos seus filhos, além das características negativas e positivas que os filhos possuem e que, por isso, concordaram em se submenter ao nosso mundo de provações.

Contudo, no presente momento, é bom que todos nós compreendamos que saber o nosso eledá é bom para que, uma vez sabedores de quem são, possamos estudar a fundo quais as virtudes dos Orixás que precisamos aprender, sem perder de vista que nenhum Orixá é briguento, barraqueiro, fofoqueiro, ciumento ou outras anomalias que dizem por aí. Orixá é sempre um ser de muita luz, que só possui virtudes e todos vibram com paz, calma e muito amor.

Esse é tão somente um esboço sobre o tema, assim como há muitíssimo mais a se discorrer sobre as virtudes dos Orixás, que serão esmiuçadas em um capítulo próprio. Contudo, há que se ficar bem claro aos médiuns e a todos os apaixonados pela Umbanda: não se preocupem em demasia em saber quem faz parte de sua coroa mediúnica.

A cada encarnação há a troca de regência da nossa coroa e, nessa troca, vamos desenvolvendo faculdades relativas a todos os Orixás, o que vai nos tornando seres mais evoluídos. Afinal, se somos “humanos”, absorvemos energias e irradiações, magnetismo e vibrações de todos eles.

A quem professa a religião da Umbanda, o mais importante não são os nomes dos Orixás, do seu eledá ou de seus Falangeiros, mas sim, carregar em si as virtudes de cada um dos Orixás, bem como ter humildade e sabedoria suficientes para respeitar a todos os outros médiuns e simpatizantes que adentram a Casa religiosa e, principalmente, respeitar a sacerdotisa ou o sacerdote de Umbanda (Mãe/Pai de Santo) e a todos os regramentos da Casa religiosa que o acolheu.

Vivamos bem para que a vida e os Orixás possam nos trazer o bem.
A todos, a paz e prosperidade em sentido amplo, axé!